Roberto Alban Galeria

Artistas Artista

Marcelo Gandhi

Suco de Máquina

Bitu Cassundé

Marcelo Gandhi se vê como um romântico do agora e na instância do presente rege o desafio de desbravar o improvável. O artista discute em seu conjunto poético questões que refletem acerca de posicionamentos pós-coloniais, orbitando em um gestual micropolítico, no qual a projeção da vida contamina sua visualidade em uma rede complexa de paradoxos: árabe, artista, freak, gay, índio, latino, negro. Há com isso uma maior radicalidade visual na sua obra, que se liquidifica em sua proposição e desagua na zona limítrofe entre arte e vida. Esses perpassam a idéia de um pensamento selvagem e científico e se retroalimentam em uma entropia de fusão e ruptura.

Marcelo Gandhi

Gabriel Brito Nunes

Marcelo Gandhi dá a sua linguagem artística um papel. Literalmente. Superfície por excelência de seu desenho, o papel ganha status de pele sobre a qual Gandhi traça suas experiências, no mundo e em sua produção artística. Suas formas abstratas em cadeia, à primeira vista constituintes de uma só figura, não representam uma realidade vivida a priori, nem estabelecem um programa a seguir-se. A linha de tinta nanquim costura ao mesmo tempo que abre sulcos nos painéis de diferentes dimensões criados por Gandhi, esboçando a possibilidade de diálogo entre sua obra e o observador. A pele, assim, deixa de ser fronteira para se tornar o locus onde desejos e signos se articulam em plena corporeidade.